terça-feira, 30 de junho de 2009
Cabeça no ar
terça-feira, 23 de junho de 2009
Menino de coro
Quem ler esta descrição, há-de pensar: - porque é que o pai deste animal não o enfiou num colégio interno? Há-de achar que sou um selvagem, bárbaro e sem escrúpulos. Mas deixem que vos diga que… até não sou mau gajo.
“Cruel” (Ondskan 2003), nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2004, é a segunda longa-metragem do sueco Mikael Hafström. Propõe um amargurado olhar sobre os códigos sociais, a violência e o crescimento. Combina austeridade e fragilidade, sem estereotipos melodramáticos ou vícios de um típico “filme-choque”. O filme conta a história de Erik Ponti (Andreas Wilson), e a sua última oportunidade para se libertar de um passado de conflitos e violência. Mas o colégio é tudo menos um refúgio – aqui, o mal está sistematizado sob a forma da opressão.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Uma questão de classe
Hoje, antigos cidadãos inexpressivos socio-economicamente, têm, pontualmente, vindo a ganhar uma crescente expressão na sociedade actual. Mas... e se a coisa corre mal? O que acontece se pegarmos num homem simples e lhe dermos dinheiro e poder? Ou se, pelo contrário, deixarmos um rico sem sustento? Qual será o comportamento de cada um deles?
"A experiência" (Das Experiment 2001) do alemão Oliver Hirschbiegel, realizador que viria a fazer o filme "A Queda" em 2004, traz-nos um estudo do comportamento humano numa situação específica. Vinte prisioneiros são escolhidos para fazerem parte de uma experiência socio-psicológica, a troco de dinheiro. São organizadas duas equipas: uma que representa os prisioneiros, a outra, os guardas. Mantidos numa zona afastada dentro da prisão, e com as regras do jogo definidas. Ao princípio tudo corre bem, mas a certa altura, o grupo que representa os guardas vai, inevitavelmente, abusar do poder que lhes foi conferido.
Esta experiência, inspirada em factos reais conduzidos por Philip Zimbardo da Universidade de Stanford numa prisão simulada em 1971, acabaria por revelar um duelo de poderes, que o filme comprova.
Resumo da ópera: nunca se deve julgar o comportamento das pessoas, pois nunca saberemos qual seria a nossa reacção numa situação similar.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Amo. Sou forte.
Cada um "escolhe" aquilo que quer fazer da sua vida, uns mais do que outros, bem sei, mas temos essa hipótese. Por isso, não tenho o direito de me queixar. Se estou onde estou, e não mudo, mea culpa.
A viagem é a fuga à realidade. Haja quem possa…
quarta-feira, 17 de junho de 2009
O Rei manda
Contrariando as suas convicções ideológicas, o tema do projecto semanal imposto ao professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel), em tempos defensor do modelo anarquista, vai ser a Autocracia. A descrença dos alunos na possibilidade de ver um regime fascista instalado na Alemanha dos dias de hoje, vai servir de desafio ao conhecido "Rainer". Desde logo, o professor dá lugar a um Herr Wenger, que simula um sistema de ensino autocrático, liderado por ele próprio, para lhes provar como é fácil incutir os benefícios da igualdade, da justiça e da ordem. Os mais tímidos sentem-se integrados e com força para enfrentar tudo e todos, antigas rivalidades deixam de existir e problemas xenófobo-raciais deixam de fazer sentido. O facto de não terem de pensar por eles próprios, integra-os e repousa-os.