segunda-feira, 27 de julho de 2009

Se eu fosse um gangster

Sempre achei graça aos gangsters. Poder fazer aquilo que se quer sem ter que dar explicações a ninguém, deve ser fantástico. São poderosos, contratam alguém para aniquilar quem desafie os seus caprichos, e pronto. Vestem-se bem, com estilo e fazem-se acompanhar por belas mulheres e altos carros. Vivem num mundo de luxo, cheio de dinheiro, jogo, álcool, sexo… Sabem viver!

Os chamados gangsters não são exclusivos da Itália. Yakusa, uma organização criminosa japonesa, é um clã, como se de uma família se tratasse, sendo talvez a mais rígida das hierarquias do mundo do crime.
O oyabun (pai) é o chefe, wakashu são os seus filhos e kyodai os seus irmãos. Todos devem total obediência e lealdade ao oyabun, e em troca este oferece proteção a todo o clã. Os membros não devem ter medo de morrer pelo oyabun, e devem concordar com tudo o que ele diz.


“Ichi – O assassino” (Koroshiya 1 2001), do japonês Takashi Miike, é um filme sobre esses clãs. Anjo, um chefe yakusa desaparece e com ele desaparecem 3 milhões de ienes. Kakihara (Tadanobu Asano), leal membro devoto a Anjo, acha que este foi raptado, inicia uma busca sangrenta para descobrir quem o fez. Tarado como é, os seus métodos preocupam a todos, inclusive um ex-policia que vai contratar Ichi (Não Omori), outro tarado, para deter Kakahira.

O filme soma cenas de sangue e desmembramentos. Começa com um homem a espancar uma mulher... Logo a seguir um outro indivíduo pendurado por ganchos, leva com uma panela de óleo a ferver… Mas calma, ainda só passaram 10 minutos! Visualmente brutal e surpreendente o filme consegue não cair no estilo gore devido à genialidade de Takashi Miike.

Bem, e agora, se me permitem, vou tratar do meu clã.



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