sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A surpresa da arte



Passei por uma galeria de arte e resolvi entrar. Uma nova exposição de um pintor, não me recordo do nome, acabara de inaugurar. Pasmado olhei as suas obras não as entendendo. Pregos enferrujados presos por fios de nylon, sobrevoavam uma paisagem de madeira meio ardida, pintada de branco e cor-de-laranja. Um dos quadros tinha por título “Jamais me ocorreu pensar em ti…”. Ok, obrigado, também não vou perder mais tempo contigo, pensei. Furioso, saí e fui-me embora.

Qual o limite para aquilo a que se chama arte? Quem tem o direito de dizer que uma coisa é arte e a outra não? E porquê?

Evelyn (Rachel Weisz), uma estudante de artes, conhece Adam (Paul Rudd), um atrofiado vigilante de um museu. Acha que ele tem potencial e começam um fervoroso namoro. Com o evoluir da relação, Adam, vai sofrendo uma tranformação, física e psicológica, que vai alterar toda a sua maneira de estar no meio social onde se insere. Phillip (Fred Weller) e principalmente Jenny (Gretchen Mol), seus únicos amigos, vão ser afectados por estas alterações de Adam. O ego de Adam está ao rubro até Evelyn apresentar o seu trabalho final de fim de curso, arrastando-o para um verdadeiro desmoronamento humano.

“A forma das coisas” (The shape of things 2003), é um filme baseado na peça de Neil LaButte e realizado pelo mesmo autor americano. Não é para mim uma obra prima, mas prima pela surpresa. Para quem vê milhares de filmes, como eu, não é fácil ser surpreendido.


Sem comentários:

Enviar um comentário